Sim, a vida é feita de ciclos — começos, meios e fins que se repetem de formas diferentes ao longo do tempo. Ciclos de crescimento, de perda, de aprendizado, de amor, de recomeço. Às vezes, um ciclo precisa se encerrar para que outro possa, finalmente, começar. E por mais desafiador que seja aceitar o fim de algo, é justamente aí que muitas das nossas maiores transformações nascem.
E, de repente, estamos quase no fim do ano. Faltam apenas quatro meses para encerrar 2025.
O mês de agosto passou num sopro — rápido, intenso, quase impercetível. Foi um mês corrido, cheio de movimento. Mas também foi o mês em que senti a necessidade de pausar. De silenciar a mente. De refletir sobre tudo o que este ano tem sido para mim.
Nem sempre está tudo bem. E nem eu estou sempre bem.
Atrevo-me a dizer que 2025 tem sido um ano de grandes desafios… e de muito crescimento pessoal.
Aprendi que é preciso respeitar o processo. Que amadurecer dói, mas é necessário para que possamos alinhar a nossa vida com o que ela verdadeiramente pede — e, só então, estar prontos para receber todas as bênçãos que estão a caminho.
Há momentos em que a vida sussurra — ou grita — que é hora de seguir.
Não porque o caminho até aqui tenha sido em vão, mas porque já não cabe mais quem nos tornamos.
Fechar um ciclo não é esquecer.
É honrar o caminho, com tudo o que ele trouxe: os silêncios que ensinaram, os tropeços que despertaram, as alegrias que iluminaram, as dores que moldaram.
É olhar para trás com gratidão, mesmo que com lágrimas nos olhos, e entender que alguns capítulos pedem um ponto final… para que novas histórias possam nascer.
Mudar por dentro e por fora é como trocar de pele. Há incômodo, há medo, há beleza.
Porque cada transformação carrega um pouco de luto — e também o sopro leve da liberdade.
Agora, algo em mim se alinha com o desconhecido — não como ameaça, mas como promessa. Promessa de novos caminhos, novas formas de existir, de sentir, de respirar mais fundo… mais livre.
Eu não sou mais quem eu era. E tudo bem.
Há um mundo inteiro esperando por essa nova versão de mim que começa, lentamente, a florescer.
Então, fecho este ciclo com respeito, com amor, com a leveza de quem compreende:
o fim também é começo.
Encerrar ciclos é, acima de tudo, um ato de amor-próprio.